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18 de Abril de 2024

Contra o machismo, deputada pretende proibir o uso de roupas justas na Câmara

Publicado por Wagner Francesco ⚖
há 9 anos

A deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) lançou uma proposta de vestuário para quem circula pela Câmara Federal. A ideia de Cristiane é que sejam exigidas roupas sociais e proibido o uso de decotes e saias muitos justas.

Segundo Cristiane, a ideia desta proposta não é contestar aquelas mulheres que circulam pelo plenário da Câmara com roupas curtas, e sim uma maneira de diminuir o machismo na política.

"Queremos corrigir um erro histórico. A gente sempre luta por equidade com os homens. O regimento já determina o que os homens devem vestir mas não fala nada em relação às mulheres", disse a parlamentar.

Atualmente, as regras da Câmara determinam que os parlamentares devem usar traje de passeio completo nos locais de circulação. A cobrança em relação às roupas, no entanto, é maior com os homens, que são obrigados a usar terno e gravata.

A proposta de Cristiane estabelece que as mulheres deverão usar tailleur com saia social e paletó, terninho, vestidos longos ou médios, calças ou saias longas. A proposta prevê ainda que mulheres que estejam trajando roupas "excessivamente decotadas", blusas de frente única ou "tomara que caia", shorts ou minissaias, seriam proibidas de entrar na Câmara.

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79 Comentários

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Ideia genial. Encontrei a solução para acabar com a fome de pessoas que vivem na rua: retirar as placas que contenham as palavras restaurante ou lanchonete. continuar lendo

Premissas diferentes das conclusões:
O homem é machista.
A mulher é contra o machismo.
Então, muda-se a mulher.
Interessante continuar lendo

"Em geral é mais fácil proteger o discriminador".... como em:
http://saudepublicada.sul21.com.br/2014/03/30/protejaodiscriminadoremodifiqueodiscriminado-2/ continuar lendo

Ótima ideia de combate ao machismo, mirando no comportamento das mulheres, coerência mandou abraço.

Em tempo, ambiente formal, roupa formal. continuar lendo

Não seria mais fácil liberar os trajes dos homens ? Essa ideia de formalismo com paletó e gravata cheira a tempos de ditadura militar. É a mesma coisa que pretender tirar da audiência quem lá adentra com boné, ou de bermuda. Vai se negar o acesso à jurisdição ou à fiscalização da jurisdição por causa de indumentária ? Existe aquilo que José Eduardo Faria se refere como função onírica do direito em referência a esse tipo de formalismo como meio de intimidar as pessoas ante as artimanhas do poder. Esse formalismo no trajar distancia, ainda mais, a sociedade do Congresso. Barrar pessoas que queiram acompanhar o processo legislativo por causa de indumentária ? Isso não faz o menor sentido em uma democracia participativa. continuar lendo

Grande Julio!

Eu concordo com você, mas tipo: eu adoro me vestir bem - bem, aqui, tem a ideia de terno e gravata. Acho legal e também acho que a mulherada poderia se vestir formalmente nestes ambientes. O que eu fiquei espantado é a mulher querer combater o machismo mexendo na roupa da mulher. Ora, o problema do machismo não é a roupa da mulher, é a cabeça do homem. No caso aí eu acho que a deputada não tinha um argumento melhor e soltou a primeira coisa que veio em mente. =D continuar lendo

Tempos de ditadura militar????

O que os pobres milicos tem com isso, Julio? Eles usam farda, sem direito a grifes, moda, nada.

Concordo que deveria haver uma flexibilização sim, mas, eu, de minha parte também prefiro usar um bom terno.

Quanto à bermuda, acho um traje inadequado para atos formais. Que se use pelo menos calças, tênis e camiseta, mas participar de audiência de bermuda - quando a pessoa tem outras opções - é muito descaso com o ato em si, que é solene, afinal. continuar lendo

Na ditadura militar, para quem não viveu a época ou a viveu de maneira distraída, o rigor moral era bem alto e não se consentia discordâncias. Não tem nada a ver com "milicos", mas sim com um regime fascista. No fascismo, ninguém está proibido de fazer nada, mas é obrigado a fazer o que está na lei ou no regulamento e sem questionar. E haja lei e regulamento! Tem pra tudo! O resultado psicológico disso é uma tristeza sem fim das pessoas, que vivem oprimidas sem perceber o por quê. Pense nisso, porque quem mais sofre nessas situações é justamente o que não pensa. Eu acho que em um país tropical e cujo povo tem uma sensualidade franca, esse tipo de repressão é inútil e não é arma contra o machismo. Tem mulher que tem mau gosto pra se vestir, mas com o tempo aprende que o decote e a saia curta não aumentam o "valor da mercadoria" e diminuem o respeito. Cabe às mães ensinar os filhos a não serem machistas e às filhas a não se venderem pela aparência, pois o preço é baixo. continuar lendo

Concordo com a inutilidade da exigência de trajes tão formais. Realmente, que diferença faz para a atividade legislativa e para o povo se os parlamentares estão de terno ou bermuda? Eu trabalho de bermuda e faço o meu trabalho tão bem quanto quando uso calças. É uma formalidade moralista sem sentido algum.
Mas discordo com a alusão à ditadura. Mesmo que os valores da ditadura também tenham sido absolutamente moralistas e sem sentido, esta exigência é mais arcaica ainda. Não sei a origem exata dessa regra mas, pra mim, remete ao século XIX. continuar lendo

Olha Júlio, militar usa farda, segue uma disciplina e não segue modismos. Vestir bem de acordo com o ambiente que se frequenta é questão de educação, respeito próprio e com o ato que se desenvolve neste ambiente. Banalizar o vestuário? Já basta a banalização dos princípios que se encontram invertidos. continuar lendo

Corretíssima sua avaliação Júlio. Porque a deputada não se preocupa em combater a discriminação com relação as vestimentas femininas relacionada ao comportamento machista, seja de homens ou mulheres. continuar lendo

Meus prezados cometi o erro, e me desculpo por ele, de julgar que todos os leitores teriam vivido os anos de chumbo. Quando ingressei na faculdade de direito, no Jurássico Jurídico, tive contato com pessoas que estudaram alguns anos antes, e que eram obrigadas a frequentar as aulas do curso jurídico trajando vestes sacramentais em país tropical. Ou seja, pelas diretrizes postas no período da Ditadura Militar, os estudantes eram obrigados a assistir aulas, se do sexo masculino, de paletó e gravata, e, se do sexo feminino, de vestido ou saia. Daí minha alusão mnemônica aos tempos da ditadura militar e as vestes sacramentais. Aliás, insisto, isso é reminiscência da função onírica do direito, ou seja, uma forma de estabelecer um certo temor reverencial em relação ao ambiente público que deveria, ao contrario de policiar a vestimenta das pessoas, estimular o acesso aos que não tem acesso a ternos e gravatas e roupas de grife (terninhos ou coisa que o valha), mas que andam de chinelos havaianas. O ambiente parlamentar deve ser democrático e deve inspirar valores democráticos, policiar de modo elitista a forma como as pessoas vao se vestir para ingressar no Parlamento parece retrocesso e, em minhas memórias, reveste a uma prática que até pode não ter surgido na época da ditadura militar, não foi meu intento ponderar isso, mas enfim, escuso-me pela confusão, mas que era, ainda uma práxis naquela época, em algo que ficou marcado em minha memória. Acredito que agora tenha esclarecido meu ponto de vista. Abraço a todos e obrigado pelas ponderações. continuar lendo

Luta estúpida e inútil. Essas feminazis nem sabem o que querem. Afinal é "machismo" as mulheres terem de se cumprir ou é machismo elas usarem pouca roupa?
É machismo a decência dos homens ou é machismo a sua indecência?
É o movimento mais idiota da face da terra. continuar lendo

Já começa errado quando coloca "essas feminazis", até porque você mesmo se contradisse ao afirmar que algumas defendem que pouca roupa é machismo e outras defendem que o obrigar a usar roupas que cobre o corpo também é.

Qualquer um ao fazer esta afirmação chegará a conclusão que são dois movimentos diferentes que pensam e enxergam o mundo diferente, logo colocar os dois grupo na mesma ideologia é, no mínimo, um equivoco intelectual; continuar lendo