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19 de Abril de 2024

Juiz cita verso de música com palavrão para absolver réu por desacato: ‘Fuck you’

“Fuck you! I won’t do what they tell me”

Publicado por Wagner Francesco ⚖
há 9 anos

O juiz André Vaz Porto Silva, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Barra Mansa, no Sul do Estado do Rio, se inspirou numa música da banda de rap-metal americana Rage Against The Machine, conhecida por suas letras de protesto, para absolver um réu dos crimes de desacato e desobediência. Na epígrafe — frase geralmente usada no início de um livro para resumir ou situar o leitor — da decisão, o magistrado escreveu: “Fuck you / I won’t do what you tell me” (Foda-se, não vou fazer o que você manda, em tradução livre).

Na ocasião, o réu Welington André Ferreira era acusado por dois policiais de “ter se recusado a obedecer ordem dos PMs no sentido de encostar na parede para ser revistado, e por tê-los desacatado ao dizer ‘vão se foder, eu conheço meus direitos, vão tomar no cu, seus filhos da puta’”.

O juiz não se convenceu com os depoimentos dos PMs, que, segundo ele, apresentava inconsistências. “Constato que a ordem emanada dos policiais — para que o acusado assentisse com sua revista pessoal — revestiu-se de duvidosa legalidade”, escreveu o magistrado, para depois completar: “Regras corruptas não merecem obediência”.

Juiz cita verso de msica com palavro para absolver ru por desacato Fuck you

André Vaz Porto Silva ainda cita na decisão um informe da Comissão Americana de Direitos Humanos (CADH) e alega que a tipificação de crime de desacato “viola a liberdade de expressão tutelada pela CADH” para, em seguida, finalizar: “faz-se mister afastarmos de nosso jardim os obstáculos que impedem o sol e a água de fertilizar a terra, pois logo surgirão plantas de cuja existência eu sequer suspeitava”.

Réu já foi condenado por tráfico

O réu absolvido pelo magistrado de Barra Mansa já havia sido condenado pelo crime de tráfico de drogas na mesma comarca. Em 2008, Welington André Ferreira foi condenado a seis anos e seis meses de prisão, após ser preso tentando vender cocaína para dois compradores no município do Sul Fluminense. Quando foi preso por dois policiais, Welington ainda tentou fugir e jogar fora os sacos com cocaína.

Em depoimento na delegacia, Welington alegou que foi vítima de um “flagrante forjado”: “antes da abordagem, os policiais teriam ido até uma bolsa e lá teriam pego a droga que está acusando o depoente como sendo o seu dono; que é usuário de cocaína; que no dia dos fatos tinha usado droga, mas não tinha nenhuma em seu poder”, afirmou. Entretanto, a tese não foi aceita em juízo.

Na decisão de agosto, o magistrado argumentou que as abordagens policiais têm motivações “racistas e classistas”: “essa espécie de procedimento, como informam as próprias regras de experiência, marcam o dia a dia da atividade policial, visto materializarem a incidência seletiva do sistema penal em termos de criminalização secundária por seus critérios tipicamente racistas e classistas”.

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230 Comentários

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Magistrado com síndrome marxista (vendo racismo onde não há) e necessidade de autoafirmação. Se ele tivesse encerrado a decisão na "inconsistência" estaria perfeito do ponto de vista normativo e axiológico.
O resto é baboseira emitida por organismos sem credibilidade e repetida por ele.
Se abrirmos tais precedentes, logo, não mais haverá respeito às autoridades, que terão que pedir clemência por cumprir o seu dever. continuar lendo

Comentário com síndrome direitista: não existe racismo, não existe preconceito, nem machismo e nem desigualdade: tudo isto é imaginação da cabeça dos marxistas. =D

De qualquer sorte, acho que o respeito deve existir: de todos para com as autoridades e das autoridades para com todos.

Só quem sofre/ou já sofreu com abordagens policiais sem sentido sabe a dor que é.

Um abraço, grande Hyago! continuar lendo

A minha posição nesse sentido sempre foi clara: a maldade está nos olhos de quem vê. Essa síndrome de que toda e qualquer atitude tem fundo racista é vitimista e absurdamente sem base fática.
Eu já fui abordado, já tive uma arma apontada para mim em um dia que saí para viajar de madrugada. Quando a abordagem terminou, o policial se desculpou e eu o agradeci, afinal, é o trabalho dele. Que bom que há pessoas querendo nos proteger.
O que não podemos é inverter os valores.

De qualquer forma, embora eu divirja, respeito sempre as posições contrárias.
Abraço, Wagner. continuar lendo

Eu acho que a maldade está na pelé de quem sente. Aqui em Salvador dá pra sentir como o terror acontece.

Basta ficar um tempo no Transbordo, esperando o ônibus: eu, branco, com cara de playboy e mochila nas costas. Um brother, negro, ao meu lado na boa. Quando passa o policial os olhos se demoram mais no outro que em mim.

Eu queria muito, muito mesmo que tudo isto fosse sonho da cabeça de um marxista que fica viajando na história, mas não é. continuar lendo

"know your enemy" continuar lendo

"Eu acho que a maldade está na pelé de quem sente"

Pois é Wagner, eu já senti algumas vezes, mas não adianta mostrar, as vezes é mais fácil dizer que não existe e dormir com a consciência tranquila.

Já brinquei muitas vezes com amigos dizendo: "eu queria ter tomado a pirula azul, seria muito mais fácil", em referência ao filme Matrix. continuar lendo

Perfeito seu comentário Hyago. Amanha quando alguém mandar ele SE F... ele terá que se submeter a sua própria decisão e seus fundamentos. continuar lendo

Hyago de Souza Otto, "Eu já fui abordado, já tive uma arma apontada para mim em um dia que saí para viajar de madrugada. Quando a abordagem terminou, o policial se desculpou e eu o agradeci, afinal, é o trabalho dele". Essa é a sua realidade amigo jurista, mas não é a realidade de muitos que moram em bairros pobres ou favelas... Com esses não tem essa de desculpa não ! continuar lendo

O marxismo é uma análise econômica e social de um sistema produtivo relacionado com a luta de classes e as estruturas de sustentação do poder. Marxismo não tem absolutamente NADA a ver com racismo. Tentar relacionar os dois temas, a favor ou contra, demonstra apenas um desconhecimento epistemológico e acadêmico.
Talvez o comentarista original queira falar de "síndrome garantista"? Talvez citar Ferajolli, e não Marx? Ai sim, poderia ter um argumento de, apesar de (na minha opinião) ainda errado, mas pelo menos seria fundamentado. Pois a visão sobre abuso de autoridade e direitos humanos não deixa de ser uma visão garantista, talvez minimalista, e com certeza crítica.
A questão aqui apresentada tem, outrossim, grande relação com questões de Labeling Approach e Criminologia Crítica. Talvez uma análise usando-se Baratta ou Zaffaroni alcançasse melhores frutos credibilidade.
Fale lembrar que vivemos em um estado não apenas democrático, mas DE DIREITO. A utilização de teorias de subculturas criminais, labeling approach ou qualquer outra da mesma laia vai na contramão da nossa necessidade de atacar a gênese do crime e, ai sim, podemos trabalhar com um pouco de Marx (e Foucault), quando observamos o uso da máquina pública como fator normatizador, docilizador, configurador e verticalizador-disciplinar.

Tomo aqui a liberdade de citar Zaffaroni, sobre a transformação do direito penal em uma arte asquerosa:

"Parece claro que estas últimas, pelo menos em sua particular leitura penalística, são funcionais para a legitimação do poder punitivo, o que não sucederia com as teorias conflitivas, pois se torna inevitável que estas acabem evidenciando que o poder punitivo é uma válvula de escape institucional a desviar o conflito de seu objeto, que serve para canalizar tensões sem resolver conflitos, que trata de neutralizar a conflitividade dinâmica da sociedade, que é o inimigo natural da ideia de estado de direito etc. [...]como teorização destinada a proporcionar normas decisórias a juízes treinados para resolver segundo meras subsunções legais; um direito penal não só limitado, como também não-hierarquizado como saber, mediante esse cerceamento de sua mais essencial e importante função, mereceria a qualificação carrariana de arte asquerosa"

Com isso, deixo meus parabéns ao magistrado pela bela decisão. continuar lendo

Boa Hyago.
Foi exatamente o que pensei.
Também já fui abordado. Não foi em única vez. E nunca pensei ou penso que teria sido por causa da coloração da minha pelé ou pelo meu jeito de caminhar/ dirigir ou por ser de periferia. Ao final da abordagem respeitosa por ambas as partes, os policiais também se desculparam e eu agradeci por selarem bem da segurança dos contribuintes. continuar lendo

Esse está parecendo um tópico de facebook, com pessoas de esquerda e direita colocando suas impressões... E suas alfinetadas... continuar lendo

O racismo vai acabar quando pararmos de dividir e começarmos a nos somar. Para buscar algo, devemos unir forças, e não criar embates, dividir a sociedade, como se houvesse um bem e um mal. Ninguém é bom ou ruim, as suas atitudes é que são.
E atitudes boas só vêm com EDUCAÇÃO.
Abraço! continuar lendo

Hyago, seu comentário é um dos poucos que se salva aqui. continuar lendo

Concordo com você Hyago. Outro detalhe, falamos e escrevemos português do Brasil e não inglês estadunidense. Acho que o juiz pecou aí também. continuar lendo

Hyago, concordo com você.

Eu simplesmente não compreendo algumas pessoas.
À todo tempo estão clamando por segurança, pedindo policiamento nas ruas, abordagens policiais com o objetivo de recapturar foragidos, ou mesmo inibir a prática de delitos, dentre outros. Isso é facilmente percebido nas reportagens e outras manifestações populares, quando esse é o tema.

É óbvio que a polícia (principalmente a PM) precisa sim, cotidianamente, realizar abordagens, buscas em veículos, pois isso é a essência de suas atribuições e perfeitamente legal. Agora..., existem abusos. Claro que sim. Mas diante de um abuso, você que é cidadão de bem vai bater de frente com o aparato estatal, ou vai buscar a tutela na Justiça?

Se diante de uma abordagem exagerada, em resposta, você toma atitudes também exageradas, xinga policiais e "roda a baiana", você se torna diferente do policial mal preparado? De jeito nenhum. Você demonstra que é perfeitamente igual a ele. Ou seja, um truculento.

E essa do Senhor Juiz em usar palavrões em uma sentença, e ainda dar mais crédito à palavra de um traficante do que aos policiais que estavam realizando seu serviço, demonstra exatamente a total inversão de valores que estamos vivenciando no Brasil nos últimos anos. E pior ainda foi mencionar, em sua decisão, o informe da CADH, que versa sobre uma violação do direito de expressão na tipificação do crime de desacato.

Então, Sr. Juiz. Vamos ver como o senhor se comportaria se tais palavrões "vai tomar no..." "vai se f......"seu filho da p..." tivessem sido proferidos por um traficante (ou por qualquer outra pessoa) contra Vossa Excelência, no exercício de suas funções constitucionais. Será que ele agiria da mesma forma? Falácia...

E como é que ele tem tanta certeza de que o desacato não ocorreu? Não me estranha tais atitudes. Faz pouco tempo um Desembargador de São Paulo liberou, em sede de HC, o maior traficante daquele Estado. Naquela ocasião foram apreendidos quase duas toneladas de cocaína pura. Ah..., mas nesse caso o magistrado não cometeu erros. Ele agiu após apreciar livremente os elementos, e constatar que o traficante estava sofrendo constrangimento ilegal no seu direito de ir e vir. Sei.

Me causa espanto ver num espaço jurídico como esse, pessoas com conhecimento concordando com uma atitude dessas. Longe de mim defender os policiais. Mais longe ainda defender o tal traficante. Se a moda pega, daqui a pouco vão xingar e mandar todos tomarem naquele lugar, inclusive aos advogados. continuar lendo

Excelente comentário Hyago.
Também concordo quando responde que "o racismo vai acabar quando pararmos de dividir e começarmos a nos somar." Sou da visão que não existe essa de abordagem constrangedora, de abordagem racista, como alguns colegas citam em vários comentários.
A abordagem é um procedimento que garante nossa segurança, uma coisa que deve ser feita e respeitada. Bandidos se travestem de várias formas e pessoas e policiais não possuem a arte de adivinhar quem está carregando drogas, armas e afins.
Se o réu estava tão seguro como diz acerca de estar agindo dentro da legalidade, deveria respeitar o trabalho dos policiais e obedecer a ORDEM LEGAL.

Moro próximo a periferias e diversas vezes já fui abordado de madrugada voltando para casa, respeitei e fui tratado com o devido respeito por parte dos policiais também. continuar lendo

Rodrigo Barbosa,
muito esclarecedor o seu comentário.A conclusão, entretanto, a meu ver, foi a contrário senso.
Do fato narrado pelo articulista um subtítulo inteiro esclarece que o réu já havia sido condenado por tráfico de drogas. Ser abordado por policiais quando não se tem nada a temer não configura excesso de autoridade.Se o sujeito reagiu com agressividade e ofensas demonstrou que além da atitude suspeita ainda não tinha respeito pela polícia. Atitude que já denunciava sua prática delitiva. O topete dos traficantes é grosso e engomado. Eles contam com bons advogados, como esse que o defendeu e juízes "modernos" que sentenciam com o "fuck you" sociedade e afirmam que " “Regras corruptas não merecem obediência”.
Revistar suspeito de tráfico para o nobre julgador é atitude corrupta que não merece obediência.
Agora entendi porque a cracolândia paulista virou uma população flutuante e permeada de policiais lenientes. Eles não podem fazer nada. continuar lendo

Sinceridade, tem gente defendendo a "técnica" utilizada pelo juiz! Dá um tempo!
Cite, você advogado, assim como eu, Rage Against em uma peça para ver o que acontece...
Quem defende isso só pode ter falta de prática ou alguma revolta (Freud explica).
...
Quanto ao desacato, será que o juiz teria essa mesma atitude se o desacatado fosse ele? continuar lendo

Concordo, racismo não existe no Brasil, essas coisas são fantasia da cabeça das pessoas negras brasileiras, enfim, uma síndrome. Os negros no Brasil gostam de viver nos bairros sem segurança, não gostam de estudar em escolas boas, nem de ter bons empregos. Não gostam de viajar de avião, não gostam de vestir roupas boas, muito menos de ocupar cargos públicos, nem de realce social. Adoram futebol, mas não gostam de assistir os jogos da seleção brasileira nos estádios, mesmo quando os jogos são no Brasil. Não gostam de trabalhar em em cargos de chefia, nem de gerenciar bancos, nem se serem bancários, também não gostam de fazer esportes radicais, nem de jogar tênis, não gostam de trabalhar com modelos, nem de estudar muito menos serem professores universitários. Odeiam ser modelos fotográficos para serem estampados nos outdoors do país, odeiam seremjuizes. As mulheres negras então, ADORAM trabalhar como empregadas domésticas, babás, sempre. Medico então, negros detestam esta profissão. Enfim, o racismo não existe o (a) negro (a) são uma categoria de seres humanos que adoram coisas de segunda categoria para eles (as) mesmos (as). São loucos por subempregos, ficam alucinados quando não encontram um subemprego onde eles se realizam. Visto que em todas as profissão se citadas acima exceto de empregados domésticos quase não se encontra pessoas negras ocupando vagas. É uma síndrome do negro brasileiro, um país com tantas oportunidades para (os) negros (as)! A profissão que os negros mais gostam e ladrão e cometer crimes de todas as qualidades. Por que qaundo a polícia avista um negro na sua mete vem logo um tipo de abordagem diferenciada, e associa-se a este elemento o estigma da criminalidade. A ponto de Daniel Barbosa humilhar o haitiano https://www.youtube.com/watch?v=WOSZu40swU8. E em SP um homem afirma mais uma vez a inferioridade de negros africanos e haitianos, https://www.youtube.com/watch?v=C_JK2cV9014. Ah! as pesquisas internacionais que apontam o Brasil como um dos países mais racistas e o que assassina negros também todos os pesquisadores doentes mentais. Que bobagem o Brasil é o único país do mundo que não é racista. A Maju do JN e os jovens Orelha e Lucas vencedores dos Super Star por exemplo, foram chamados de macacos nos seus faces, Ah! isto não é racismo é uma forma carinhosa que os (as) brasileiros (as) tem de se dirigirem às pessoas negras que estão no momento numa posição de destaque, as chamando de macaco (a). Isso é tão bacana! Por exemplo, agora que Djavan vai ganhar um prêmio, latino pelo conjunto de sua obra, exatamente aos seus 66 anos de idade. Mas, desde quando ele canta heim??? Ao contrário dos EUA, onde existe racismo, negros são minoria e existem negros intelectuais e artistas tem reconhecimento internacional, cito Beyoncé e Barack Hussein Obama II. Não sei por que o negro brasileiro não gosta destas coisas!!!! É um delírio marxista o que o Sr. Wagner escreveu estas coisas. Eu acho que vou aconselha-lo a fazer psicanálise para se livrar desta loucura!!! continuar lendo

Colegas. com propriedade eu posso falar sobre esse assunto racismo. Sou negro, sou pobre, moro no subúrbio aqui do Rio de Janeiro. De fato existe sim racismo, existe sim uma certa "escolha" por parte da abordagem policial mas para mim, isso vai muito além de só pela cor de pelé. Nunca, nunca sofri violência policial, assim como outros jovens, perambulo pelas madrugadas voltando para casa vindo de alguma festa, casa de show ou qualquer coisa do tipo e nunca sofri qualquer tipo de violência. Já sofri abordagem policial mas não adianta, o jeito que você se comporta vai sim te taxar, em todas elas agi com o devido respeito e tive a reciproca dos agentes. Infelizmente o marginal não tem uma placa escrita "sou bandido", mas certas atitudes, certos costumes, certas vestimentas em que eles usam, faz com que os que não sejam marginais mas se transvertem com esses trajes entrem na classe "suspeita", e, agindo com qualquer tipo de hostilidade, os tornam ainda mais "alvos". continuar lendo

Até porque abuso de poder jamais existiu no Brasil. Imagina contestar o poder. Sigam as ordens, sempre. O poder sempre está correto. pois o poder não é do povo, é dele mesmo, né minha gente? continuar lendo

Concordo, Hyago. A sentença é censurável em todos os aspectos.
Com a Constituição de 1988 e sucessivos governos autodeclarados democráticos, foram enfatizados os direitos em detrimento dos deveres. Esse comportamento abala a própria Democracia, uma vez que, a grande maioria se revela, totalmente, insana, descumpridora das obrigações.
A excrescência comportamental atinge os membros dos poderes constituídos; assisti audiências nas quais, Juízes e, com mais intensidade, Juízas, são sistematicamente, desrespeitados pelas partes, servidores, advogados, testemunhas, membros do Ministério Público e, até, mesmo, por estagiários.
Em correição realizada pelo Corregedor - Geral do Tribunal Superior do Trabalho no Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região, situado no Rio Grande do Sul, foi enfatizado aos Juízes e Desembargadores o uso da toga, diante da intensificação dos atritos nas audiências. A grande maioria da população brasileira, integralmente, ignorante, estúpida e o filósofo Luís Felipe Pondé, aponta violenta e interesseira, cerca a nossa nobre elite, perdulária, cruel, exibicionista e estulta.
Em outras sociedades, como a norte-americana, esse cidadão absolvido pelo ato judicial, estaria em um local especial, limpo e afastado da comunidade, cercado de muros com proteções elétricas, onde ficaria boa parte de sua vida. continuar lendo

Homem branco determinando o "que é" e o "que não é" racismo. Nada de novo sob o sol. continuar lendo

Concordo com o Hyago pois, ñ há pelo menos na matéria, histórico de comportamento que desabone a conduta dos policiais, sendo assim, só pode estar querendo irresponsavelmente, abrir precedente pra bandidos e afins desrespeitarem as autoridades que ainda o merecem. continuar lendo

Ao desclassificar de forma leviana a Comissão Americana de Direitos Humanos (CADH), voce tão somente se nivela, segundo seus critérios, ao teor da sentença.
Longe, muito longe de ser marxista, tachar o juíz de sê-lo só pode ser a livre manifestação de um inconsequente. continuar lendo

Gostaria de saber se fosse o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz prolator da mui respeitável sentença quem tivesse sido agredido verbalmente o que ele iria dizer as respeito!!! continuar lendo

Tem um mantra que diz "Por trás de quase todo desacato tem um abuso de autoridade" (Nilo Batista). continuar lendo

Grande Nilo! Rapaz, eu li semana passada um livro espetacular dele:

Punidos e mal pagos: Violência, Justiça, Segurança Pública e Direitos Humanos no Brasil de hoje.

Este livro foi escrito em 1990, mas o Brasil ainda é o mesmo. continuar lendo

Hyago, eu só peço a Deus que um juiz como este não tenha que decidir algo sobre isso aqui: https://www.youtube.com/watch?v=6SxF5HuxV4o continuar lendo

Não dá pra defender ninguém.
Mas isso é uma faca de dois gumes.
Essa fundamentação preconceituosa
e pessoal do magistrado certamente
faz o que os Marxistas querem.

A falência do sistema.
Depois reclamam da polícia que tem. continuar lendo

Senhor Geraldo Nunes, conviver com a escoria da sociedade, traficantes, viciados, prostitutas, assassinos e ladrões 24 horas por dia em 7 dias por semana não é fácil, nem tarefa de coxinhas ou empadinhas ou MSN (Movimentos dos Sem Nada). Em 66 anos de existência, estando a pé ou de carro, nunca fui parado por policiais para uma simples pedida de documentos. Conversando com um amigo que foi coronel da PM de SP, perguntei-lhe o porque e fui esclarecido no ato, "O policial só para málacos, ele percebe nitidamente um cidadão." Acredito que o juiz em questão quis fazer graça e errou feio, certamente não é um caso de direção política. continuar lendo

Jorge, não achei legal me chamar de málaco, já fui abordado umas 5 vezes e enquadrado (sim, tem diferença) umas outras 15.

Nunca acharam nada porque eu não tinha nada, mas como você disse, eu não passo de uma málaco continuar lendo

Para o Jorge Roberto da Silva: ah sim, o policial sabe mesmo reconhecer o "cidadão" do "malaco". Sei como é. O homem branco, bem vestido, de carrão, esse é sempre honesto, justo, de conduta ilibada, certo?

Tipo o Maluf, o Eduardo Cunha, o Collor... São "cidadãos de bem" na concepção mais plena do termo.

Cara, por que há tantos idiotas comentando aqui no JusBrasil? continuar lendo

Na moral, mas este juiz tirou onda - Rage Against the Machine é simplesmente muito bom! o/

Dr. André Vaz, cê me representa! continuar lendo

Pois bem se o Juiz fez em inglês esse palavrão não ´´TIROU ONDA``, apenas joga uma bola de neve pequena que se torna uma avalanche social, como? se um Juiz fala isso e uma corte escuta, ele apenas dá munição ao jovem xingar o idoso, ao xingamento e normalização de todo tipo de palavrão ofensivo devido o tipo de palavrão, na verdade nada mais justo que nos atrelarmos a uma linguagem mais literal e limpa sem apelações ou subterfúgios para que as pessoas se xinguem como norma legal pelo mal exemplo do Meritíssimo. continuar lendo

O juiz foi extremamente irresponsável e imaturo. Mais lamentável ainda é ver gente apoiando!
Sentença não é lugar de "tirar onda", meu amigo, o cidadão está lidando com vidas e começa mandando um "fuck you, I won't what you tell me"?! Em qualquer país desenvolvido esse daí seria - NO MÍNIMO - afastado para exames psiquiátricos.
Tenho quase certeza que o senhor não é advogado, Wagner Francesco, caso contrário entenderia o quão absurda foi a atitude do juiz. continuar lendo

Se um juiz manda "se foder" em uma sentença, então nós, advogados, também podemos fazer isso em nossas peças?
Independente do mérito da questão, acho que peças técnicas não podem conter termos chulos, gírias, ou palavras de baixo calão.
Isso é, no mínimo, um desrespeito.
Ademais, não podemos simplesmente admitir um erro com outro erro. Então estamos legitimando o olho por olho, dente por dente?
Se o policial cometeu excesso, não cabe ao abordado mandá-lo ir "tomar no cu" "se foder". Cabe uma representação junto à corregedoria da Polícia, solicitando a punição pelo exagero. continuar lendo

Concordo com você Henrique no que no tange a reação desrespeitosa do rapaz. De vários outros modos ele poderia impor-se para alegar que estava sendo "ofendido" por conta da abordagem.
Acho que o Direito deve atualizar-se juntamente com os avanços sociais, todavia vejo como inadmissível a utilização de termos como estes (utilizados tanto pelo o juiz quanto pelo acusado) para expressarem-se. O problema não é o que falar, mas como falar.
Aprecio inovações, mas sempre mantidas nos padrões éticos. continuar lendo

Essa sentença deve envergonhar os verdadeiros magistrados. Essa peça assemelha-se mais a uma redação de adolescente rebelde que a um documento emitido por uma autoridade. É um documento desrespeitoso para com a sociedade. Acredito que, se houver recurso, o tribunal a reforme. E é ilegal pois contraria o art 13 da Constituição. Tenho pena dos jurisdicionados. continuar lendo

"Punição pelo exagero"?

Henrique, o artigo menciona que o acusado já havia sido preso (segundo ele, indevidamente) pelo crime de tráfico de drogas (analise as características típicas desses presidiários). Você acredita mesmo que ele tem acesso a essas ferramentas? Na melhor das hipóteses ele seria desacatado por outro policial. continuar lendo

Ah, sim, muito comum e sensato um morador na favela ir até a Corregedoria da polícia fazer uma reclamação sobre abuso de autoridade. Fico a pensar em quantas pessoas da periferia sabem que existe uma "corregedoria" para a polícia. Fico a imaginar, também, em como a sua reclamação seria devidamente apreciada pelos corregedores.

Acho que se um morador da favela faz isso, ele é encontrado morto no dia seguinte à apresentação da reclamação... hahaha continuar lendo