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20 de Abril de 2024

Câmara endurece pena de assassinato de policiais

O agravamento do crime também se estende ao cônjuge, companheiro ou parente até 3º grau do agente público de segurança, quando o crime for motivado pela ligação com o agente de segurança

Publicado por Wagner Francesco ⚖
há 9 anos

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26) um substitutivo ao Projeto de Lei 3131/08, que torna homicídio qualificado e crime hediondo assassinar policial, bombeiro militar, integrante das Forças Armadas, do sistema prisional e da Força de Segurança Nacional, quando este estiver em serviço. O PL teve 341 votos a favor, três contrários e apenas uma abstenção. Todos os votos contrários ao projeto vieram de parlamentares do Psol.

O agravamento do crime também se estende ao cônjuge, companheiro ou parente até 3º grau do agente público de segurança, quando o crime for motivado pela ligação com o agente de segurança. Em todos estes casos, a pena será de reclusão, de 12 a 30 anos. O homicídio simples prevê pena menor (reclusão de seis a 20 anos).

Atualmente, já é homicídio qualificado o cometido por motivo fútil, mediante encomenda, contra a mulher em razão de sua condição de sexo feminino (feminicídio), entre outros.

O texto aprovado pelos deputados, que altera o Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) e a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90), estabelece também que a lesão corporal cometida contra agentes de segurança em serviço, e seus parentes, será aumentada de um a dois terços.

Morte policial

“O policial quando mata, mata no estrito cumprimento do dever legal. Mata em legítima defesa própria ou de terceiro. Quando existem essas mortes é para defender a vida. Não confundam a morte do policial com a morte daquele que efetuou o delito e confrontou o policial”, disse o deputado Moroni Torgan (DEM-CE), que defendeu a pena maior para a pessoa que matar ou provocar lesão corporal em policiais.

O deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG) também concordou com uma pena maior para homicídio contra agentes de segurança. Segundo ele, a “vulnerabilidade dos policiais é maior do que dos demais cidadãos”.

Já o deputado Chico Alencar (PSol-RJ) disse que o projeto era o reconhecimento de que o policial “nunca erra”. “O policial é sempre ungido como aquele que nunca erra, como se nós, por exemplo, autoridades públicas, nunca errássemos. Este espírito de ‘casta’ é má conselheiro para o que estamos fazendo aqui”, disse Alencar.

O deputado Glauber Braga (PSB-RJ) criticou a rapidez com que o projeto foi analisado. Segundo ele, a alteração na legislação penal deveria ter sido analisada com mais cautela e debates. “Não podemos fazer isso dessa forma, mexer no Código Penal em um acordo formatado em cinco minutos”, disse Braga.

Fonte: Congresso em Foco

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5 Comentários

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Muito Bom !!!!Ai Dou Valor!!!! continuar lendo

Mais um partido que não deveria existir. O socialismo, o comunismo e todas essas ideias já estão fora de moda; infelizmente no Brasil de hoje ainda existem tais propostas. Essa pessoa Chico Alencar (PSol-RJ), com essas ideias está totalmente despreparado para ter sido eleito.

Quanto a policial ser "ungido", me faz lembrar a maioria dos "bispos/pastores" que fundam uma "igreja" e logo se "auto-ungem" de algum título para se sentir importante. (na maioria, mais um "picareta", usando o tal do "dízimo" para virar "nababo").

Quanto a aumentar a pena por assassinar policias e semelhantes, nada mais justo. O policial, o honesto policial, que dedica a sua vida sobrepujando a sua própria vida e a vida de sua família para defender a população, é na verdade um herói.

Há os "contragosto" que defendem que proteger policial é dar a ele poder de matar. Palavra de analfabeto, de anencéfalo, de alguém que devia se calar.

Não se está falando do policial ser humano, mas sim de policial função, ou aquele que por ser policial está "pedido/jurado/perseguido" pelo crime; o policial como ser humano, deverá, logicamente, ser tratado como ser humano, com todos os seus defeitos e suas virtudes, assumindo o ônus de seus atos. continuar lendo

Esse Chico Alencar é outro que faz hora extra na Câmara há muito! Sujeitinho insuportável! Tal qual seus cumpanheiros de partido que só militam em prol de coisas indefensáveis e de bandidos e criam projetos de leis estapafúrdios.

"Todos os votos contrários foram do PSOL"

Só podia ser eles! Os defensores de bandidos. Os capachos do PT que, junto com este e PC do B, formam a tríade infame e do que há de pior na política brasileira.

Agora, esse projeto já não era sem tempo! Não é raro sair na mídia "polícia brasileira é a que mais mata no mundo", mas nunca sai a outra face da mesma realidade, "polícia brasileira é a que mais morre no mundo". Isto sem mencionar o fator impunidade, grande parte dela, impulsionada por sujeitinhos como esse Chico Alencar.

Agora, apesar da lei ter sido aprovada, falta o mais importante, A LEI SER APLICADA! continuar lendo

Concordo absolutamente. Não se pode permitir que policiais sejam mortos por um monte de bandido e a coisa seja tratada como coisa comum, no entanto.... se não podemos tolerar a morte dos policiais no exercício de sua função, tampouco podemos tolerar que policiais, no exercício de sua função, também mate.

Que se aprove o PL 4471/12 que cria regras rigorosas para a apuração de mortes e lesões corporais decorrentes da ação de agentes do Estado, como policiais. continuar lendo

Àquela minoria que votou contra, digo: ainda é muito pouco essa penalidade; o certo seria PRISÃO PERPÉTUA OU PENA DE MORTE, estando o agente da Lei em serviço ou no caso (comprovado) de uma execução, estando ele de folga. O Chico Alencar está equivocado em seus argumentos ou teria um motivo mais forte para sua reprova, pois quando o agente comete ERROS, quer seja durante o trabalho ou de folga, é punido com rigor até com EXCLUSÃO do serviço público, o que eu, como Oficial da Reserva da PMESP, acho corretíssimo. Hoje, infelizmente existem basicamente duas situações indesejáveis e que caminham juntas: muita corrupção entre os agentes da Lei e muita impunidade para os que assassinam os que trabalham HONESTAMENTE. As famílias dos que assassinam os nossos agentes da Lei, são assistidas monetariamente (auxilio reclusão) pelo Estado, enquanto que as dos agentes assassinados NÃO... continuar lendo