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25 de Abril de 2024

Senado aprova medida provisória que desonera folha de pagamento

Publicado por Wagner Francesco ⚖
há 9 anos

O plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (29) a medida provisória 651, que trata da desoneração da folha de salários de vários setores, entre outras medidas de incentivo à economia do país. A MP inclui artigo que amplia para quatro anos o prazo para a desativação dos lixões por prefeituras, mas o governo deverá vetar esse item.

Os senadores ratificaram o texto da forma como foi aprovado na Câmara há duas semanas. Para virar lei, a matéria terá de ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff até a próxima quarta-feira (6), data em que a medida provisória perderá a validade.

O governo federal defende o aumento da sua renúncia fiscal com o objetivo de desenvolver o mercado de capitais e ampliar a competitividade da produção nacional.

A MP torna definitiva a desoneração da folha de pagamentos para diversos setores, incluindo automotivo, construção civil e têxtil. A contribuição previdenciária equivalente a 20% sobre a folha de pagamento será substituída por uma contribuição de 2% ou de 1%, a depender do setor econômico, sobre o valor da receita bruta da empresa.

A MP também propõe que as empresas que possuem dívida com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de valor igual ou inferior a R$ 1 mil não serão inscritas no cadastro da dívida ativa da Receita Federal. O texto prevê, ainda, que as dívidas de valor igual ou inferior a R$ 20 mil não serão ajuizadas, e as de valor igual ou inferior a R$ 100 inscritas na dívida ativa serão retiradas do cadastro, mas continuarão a ser cobradas.

Negociação

A votação no Senado foi viabilizada por um acordo encabeçado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente da comissão mista especial criada para analisar a medida provisória. Ele disse que o governo se comprometeu a vetar dois artigos considerados controversos pelos parlamentares e que poderiam travar a votação no Senado. Dessa forma, a maioria dos senadores concordou em aprovar a íntegra do texto.

Um dos artigos que o governo se comprometeu a vetar é o que adia em quatro anos o prazo para os municípios cumprirem a Lei de Resíduos Sólidos, acabando com os lixões. A lei, que é de 2010, fixou o mês de agosto deste ano como prazo máximo para a substituição dos lixões por aterros sanitários. A medida contraria o governo, mas é reivindicada pelos parlamentares, que argumentam que os municípios ainda não têm condições de cumprir a lei.

O segundo ponto que o governo vetará, segundo Romero Jucá, prevê que as cobranças contra gestores que cometeram irregularidades poderão ser pagas com redução ou até exclusão de juros e multas e poderão ser parceladas em até 15 anos. O artigo foi incluído pelos deputados.

A negociação com o governo foi necessária porque, se os senadores alterassem o texto, ele teria que retornar para a análise dos deputados e correria o risco de perder a validade.

“O governo se comprometeu a vetar o artigo 35 e o artigo 107 também. Portanto, faço um apelo aos senadores e senadoras para que votem “sim”, a favor da manutenção desse artigo, para que essa matéria não volte à Câmara dos Deputados, já que a matéria cai na quarta-feira (6), e, efetivamente, tenhamos condição de encaminhá-la rapidamente para a sanção”, afirmou Romero Jucá em plenário momentos antes de os senadores aprovarem a medida.

A prorrogação do prazo para o fechamento dos lixões, segundo Jucá, será incluída em outra medida provisória que já está em tramitação. Para o senador, sem ajuda financeira do governo federal, os municípios não conseguirão cumprir a lei.

"Iremos apresentar na medida provisória 656 um dispositivo que permitirá a prorrogação por dois anos. E haverá recursos federais para dar sustentação à implementação da política de resíduos sólidos pelos municípios", afirmou.

Fonte: G1. Globo

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Preocupa-me a desoneração da indústria automotiva. Precisamos crescer e oferecer empregos. Mas o aumento da facilidade para obtenção de veículos tem gerado um tormento nas ruas até de cidades pequenas e em bairros afastados das grandes cidades. E a poluição, então? Talvez devamos discutir mais o assunto. continuar lendo

E como ficam as pessoas físicas, contratantes de trabalhadores que tenham débito com o FGTS e/ou INSS? Só os grandes grupos foram incluídos! Por quê? Ilações sobre eventual ajuda nas campanhas eleitorais dos grandes grupos? Como ficam aqueles que pediram parcelamento de suas dívidas, lógico, com a inclusão de juros e correção monetária? Somente os que tentam burlar o sistema serão beneficiados. Eita Brasil... continuar lendo

Fortalecer o capital nacional é urgente, tendo em vista do possível rumo do país no âmbito nacional. Bom texto. continuar lendo

Se é desoneração deveria ser opcional. Por ser obrigatório, o governo, só vai tirar de alguns e dar pra outros. continuar lendo

Sérgio, sou aposentado e tenho pedido através de e-mails ao Congresso, e até mesmo à Presidenta que isente os aposentados do IR para quem tem benefícios com valor até o teto máximo pago pela previdência, R$4.159,00. Até hoje nada.

Contribui durante toda minha vida com 10 salários mínimos.
O governo criou o fator previdênciário que foi tão criticado pela oposição na época, e me dei mal, não recebo nem o teto pago pelo INSS, em torno de 6 salários.

Paguei previdência privada para uma vida .mais tranquila na melhor idade (velhice mesmo), até esta já não rende tanto mais. Se pensa em fazer uma previdência privada. Pense bem!

Deve haver mais critério na desoneração. Veja bem, desonera a indústria automotiva. Esta mesma indústria se utiliza do programa LAYOFF (suspensão temporária de trabalho) que é paga pelo governo, ou seja, com nosso dinheiro. continuar lendo